terça-feira, 14 de julho de 2015

Nuvens cinzas

Durante toda a madrugada o vento não cessou nenhum minuto, balançou árvores moveu nuvens cinzas que pouco eram enxergadas no escuro.

iluminadas  com o  brilho das estrelas e da lua escondida em algum canto.

Por vezes os relâmpagos cortavam o céu anunciando ao longe que a chuva chegou  em algum lugar não muito distante, a mesma chuva que a pouco estava por aqui...

Gotas caem do céu quando se menos espera... Uma,  duas, três e assim sucessivamente... Até parar abruptamente para dizer que agora não é hora... Para continuar. 

Meus ouvidos escutam além do vento o trovão onipotente a tremer o chão majestoso e ao céu estremecendo as nuvens.

Belo tempo de inverno que castiga, o frio da noite pede mais uma blusa, a mente inquieta vagueia dentro de tantas memórias de outros invernos outras chuvas e algumas tempestades. 

Seria possível ser tão forte como todos os eventos que precedem a chuva e entanto a própria chuva, parece meio difícil pensar em algo desse tipo, para um coração castigado da vida mais forte, insistente e teimoso que  luta, mal sabe ele que contaria a vontade do dono, 
Seria de uma vez por todas descansar de tudo isso.

Arrepia-se a pele de novo, a chuva parou de rodeios e resolveu cair de vez novamente, e meus pensamentos caem também, ao chão das memórias perdidas esperando a serem encontradas, forra um chão que por vezes é angústia, ansiedade e tristeza.

Bendita lágrima que vem para molhar o rosto e lavar a alma assim como a tempestade que cerca tudo novamente.