terça-feira, 15 de setembro de 2015

Um vento chamado solidão

 
 Assim como o vento seu coração fez a escolha de percorrer vários lugares, nem ao menos visível escolheria ser ...

Viajava cidades montanhas, sítios, fazendas, rios, mares, desertos, sempre escolhendo seu tom de passagem, a cada viajem ele tocava um rosto, circulava uma pele serena e sacudia os cabelos, podia escolher intensidade, leveza ou vendaval...

Nessas andanças pela vida pelos destinos onde passou, pelo pouco que deixava ... vida ou destruição com suas tempestades, percebeu o quão cansativo estava viver assim.

Ele secava algumas lágrimas  que mesmo causou, mais do que adiantava se ele mesmo era o responsável, de toda a tristeza.

Tinha um desejo flutuar em um lugar só seu... Onde não encontraria tempo pra chorar nem procurar pelo mundo, outros gostos, desejos ou sensações, por que de sua própria essência ele já estava completamente fadigado.

Logo o tempo passava depressa e não existiria mais vento ou ele se tornaria parte da solidão que sempre viveu, ou de vento se tornaria a compania que escolheu.

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