quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Dádiva

Esquecida pelo tempo, jogada ao chão estilhaçada entre pisos frios de calçadas cinzentas, entre trapos de tudo que é deixado para trás, plantado no esquecimento sem fim, obsoleta no agradecimento puro e singelo ela se encontra.

Sequencia de dias maravilhosos, brilhantes de sol, repletos de magia gratuita, entregue pela noite na aurora do horizonte ela desperta sonhos.

Em um travesseiro febril de maio,  ou nos lençóis quentes de abril, no rosto insiste a verdade, mesmo se a tristeza chega ao fim da tarde, cegueira momentânea continua... 

A lágrima vem e mesmo assim a ignoramos, esquecendo de toda dádiva que nos é entregue a todo dia...

Enfim em uma hora qualquer reconhecemos, apenas fechando os olhos deixando nossas pernas nos guiar e parando de insistir por algo torpe, a hora chegou a leve brisa foi sentida e o calor morno das verdades começou a ferver fielmente.